A Polícia Civil deflagrou nesta sexta-feira (10) uma operação de grande escala para combater crimes de exploração sexual de crianças e adolescentes em todo o país. A ação, chamada Operação Pharos II, mobilizou forças policiais em 17 estados e no Distrito Federal, com o apoio do Ministério da Justiça e do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab).
Ao todo, 44 mandados de busca e apreensão foram cumpridos contra suspeitos de armazenar, compartilhar e comercializar material contendo imagens e vídeos de abuso infantil. Treze pessoas foram presas em flagrante, número que ainda pode aumentar conforme o avanço das diligências.
De acordo com as investigações, um dos detidos mantinha em seu poder imagens de abuso envolvendo a própria neta — um caso que chocou até mesmo os agentes envolvidos na operação.
A investigação teve início no Paraná, após a apreensão de um dispositivo eletrônico com material ilegal que vinha sendo distribuído em aplicativos de mensagens. A análise dos dados revelou uma rede criminosa nacional, com integrantes em diferentes regiões do Brasil, especializados em trocar e vender conteúdo de abuso infantil pela internet.
O trabalho conjunto contou também com a cooperação internacional da Homeland Security Investigations (HSI), órgão ligado ao governo dos Estados Unidos, reforçando a dimensão global do combate a esse tipo de crime.
A legislação brasileira considera crime registrar, armazenar, compartilhar ou adquirir conteúdo de exploração sexual infantil, com penas que variam de um a seis anos de prisão.
Segundo as autoridades, a operação reforça o compromisso das forças de segurança em proteger crianças e adolescentes e enfrentar com rigor absoluto os crimes digitais que ameaçam a integridade e a dignidade das vítimas.
Foto: Divulgação/PCPR
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